sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Editorial | Dezembro 2013



As organizações sociais desempenham um importante papel na sociedade. Que são substitutas do Estado em sua insuficiência em prestar serviços de qualidade, todos sabemos. No entanto, existem um outros aspectos que as organizações têm potencial para desenvolver, como a promoção de cidadania ativa nas comunidades onde atuam e a participação em conselhos paritários, exercendo influência e controle sobre a atuação do governo.  

A Acorde, por exemplo, ocupa hoje a presidência do Conselho Municipal da Criança e Adolescente de Embu das Artes (CMDCA), uma cadeira no Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental Embu Verde (APA Embu Verde) e participa das reuniões abertas do CONSEG Centro, um dos conselhos de segurança do município.

Mas o que isto tem a ver com cultura de doação? Tudo. Uma organização só atinge e mantém este seu potencial quando tem recursos, consegue recrutar profissionais de qualidade para atender seu público e dirigi-la. A lógica neste quesito, meus senhores, é a mesma do setor privado.

Recursos, por sua vez, têm basicamente três origens: governo, empresas e cidadãos. O governo tem recursos para investir no terceiro setor, e muitas organizações, pelo Brasil afora, dependem dele para sobreviver. Claro que a dependência dificulta o exercício da influencia e do papel de controle.

A maior parte dos recursos que chegam no terceiro setor, no Brasil, vêm das empresas. Suis generis, como em muitos outros aspectos, nossa nação é a única do mundo onde isto acontece. Pensemos um pouco sobre o papel das empresas. Primordialmente, tem a obrigação legal de gerar lucros para seus sócios ou acionistas e, assim, em muitas delas, o investimento social está estreitamente ligado ao resultado, ainda que de imagem. Problema? Muito investimento é feito em temas charmosos, como educação e esporte, e quase nenhum em direitos humanos. Além disso, raramente são recursos livres, ou seja, que podem ser usados para que as organizações sociais ocupem o espaço acima descrito.

E os recursos dos cidadãos? É com o dinheiro de doação dos indivíduos que é possível a construção desta base sólida da sociedade brasileira. Um dinheiro que chega livre às organizações, dando a elas poder de influência, poder de construção, poder de continuarem criativas na solução dos problemas sociais. É com este dinheiro que organizações fortalecem suas bases. É com este dinheiro que participam dos conselhos paritários. É com este dinheiro que estudam e se desenvolvem, que aprofundam sua prática e entendem a importância de não estarem fechadas em seus muros, de não replicarem os modelos da sociedade que já se mostraram ineficientes.

O Brasil acaba de ser rebaixado no chamado Índice de Solidariedade (World Giving Index), passando de 83o para 91o lugar. O índice mede, na maioria dos países do mundo, as doações feitas por indivíduos para organizações sociais. 

O Movimento por uma Cultura de Doação é a expressão coletiva de que precisamos aumentar esta base de doadores no Brasil, de que precisamos ter organizações fortes para exercerem por inteiro seu papel na sociedade. Não começamos ontem... como um enorme país que somos, temos louváveis 24 milhões de doadores. Queremos 100 milhões. Queremos uma sociedade onde a cidadania não seja apenas um direito, mas uma realidade.


Um ótimo 2014 a todos!

Joana Lee Ribeiro Mortari
Desenvolvimento Institucional

Veja algumas das ações que o Movimento por uma Cultura de Doação apoiou neste semestre:

Limpa do Bem, do Imagina na Copa.
Lançamento do PorCausa, da Base Colaborativa.
Lançamento do Dia de Doar, inspirado em movimentos congêneres em outros países, como o Giving Tuesday, o Day of International Giving e o Un Dia para Dar.


Seja bem vindo ao ponto de encontro do Movimento por uma Cultura de Doação

VI Acorde Gastrônomico



A manhã do dia de 19 de outubro estava linda, temperatura aconchegante, vento fresquinho e céu azul. Sons, sabores e aromas misturavam-se harmoniosamente com cores e sorrisos. Gente solidária, com vontade de participar, de compartilhar e de saborear um delicioso almoço siciliano. Foi neste clima que abrimos nossa casa para receber os mais de 100 convidados que participaram do 6º Acorde Gastronômico, que nesta edição contou com o talento do chef Domenico Mira.


Os jovens do projeto Canto do Canto realizaram a missão de harmonizar o ambiente com um acústico composto por blues e MPB. Enquanto isso os jovens do projeto Culinarte acertavam os últimos detalhes para a recepção dos convidados, e um grupo muito especial de jovens apresentava a Acorde e contava um pouco de sua história pessoal. Todos se sentiam à vontade para degustar os petiscos e os vinhos escolhidos a dedo pela sommelier Alexandra Corvo. Os convidados puderam aproveitar o verde da Acorde, as famílias sentaram embaixo das árvores, aproveitavam o espaço para se reencontrar, fazer novos amigos e conversar, enquanto as crianças corriam e brincavam no nosso quintal. O almoço foi servido e durante a tarde todos puderam conhecer mais sobre o trabalho que a organização realiza. Um vídeo que conta um pouco do processo de capitação da associação foi apresentado. Dessa forma, cada convidado pôde perceber como é importante para Acorde. O Acorde Gastronômico buscou demonstrar de que maneira o trabalho desenvolvido pela Acorde beneficia 250 crianças e jovens atendidos atualmente e já contribuiu com os mais de 1200 que passaram por aqui no decorrer destes seis anos de história. Para encerrar, o café foi servido no pátio, acompanhado de deliciosas bolachinhas preparadas pelos jovens do Projeto Culinarte, sob a supervisão da voluntária Elda Arruda. Os jovens do projeto Acorda Corpo - Maculelê encantaram os convidados com as apresentações de acrobacias, e a nossa cativa percussão do Acorde pro Ritmo agitou tudo! O saldo foi positivo, com mais de 18 mil reais arrecadados, 2 doadores pontuais e 14 novos apoiadores comprometidos com um valor mensal para a organização. Os recursos serão investidos nas oficinas oferecidas as crianças e aos jovens. O Acorde Gastronômico só foi possível com a ajuda de voluntários e funcionários que dedicaram tempo e esforços para que tudo corresse bem. A tradição continua no ano que vem... Já temos até um chef definido. Aguarde as próximas notícias!

Realização:
Acorde e Domenico Mira 
Parceria: Ciclo das Vinhas 
Patrocínio: 
AGR Consultoria
 Espaço Granja Viana
Levorin Pneus e Câmaras 
RN Incorporadora e Construtora 
Spina Materiais de Construção 

Apoio: 
Agrobonfim 
Casa Bauducco 
Colégio Dante Alighieri
Condomínio Vila Real Editora 
Trip Gráfica IBEP 
Lavanderia Lavasecco da Granja Viana
Padaria Le Bon Pain Salotex 
Vinci Importadora de vinho 

Voluntários: 
Carminha Pereira Gomes
Elda Arruda 
Ítalo Nunes
Patrícia Ribeiro de Almeida 
Sandra Regina do Amaral

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Aprendizados em seis anos de atendimento direto a crianças e adolescentes no contraturno escolar




A Associação Acorde vivenciou, em abril de 2013, o desafio de falar de seu trabalho de longos anos em um evento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo (SP). A fim de somar algo ao conhecimento daquelas pessoas que nos assistiam (em grande parte especialistas e alunos do curso de pedagogia), nossa apresentação no “VI Colóquio de Atuação do Pedagogo em Espaços Não Escolares” procurou exemplificar os conceitos teóricos da academia com casos bem práticos, tais como: construção de regras de forma conjunta; estímulo à autonomia dos educandos; propostas com desafios possíveis; mediação de conflitos; respeito; e afeto ‒ que é um dos principais diferenciais da Acorde.
No dia a dia da organização, os acordos são construídos conjuntamente entre educadores e educandos. Debate-se o cerne de cada questão, os porquês e principalmente as causas e as consequências de ações de cada um. Entende-se que uma regra acertada de forma coletiva não deve ser infringida por uma pessoa, porque carregará implicações para todos. Quando um do grupo pega uma bola emprestada, esta deve retornar ao local original para que outro grupo possa utilizá-la depois. Se não voltar, o acordo se quebra. Simples no pequeno e igualmente verdadeiro nas grandes ações.
Quanto à autonomia, na Acorde cada um é inteiramente responsável em relação às tarefas e pesquisas escolares, não havendo qualquer cobrança por parte dos educadores. À criança e ao adolescente é ensinado, desde o início, que na grade de atividades culturais e esportivas oferecidas existe, também, um horário aberto para que eles possam se dedicar aos estudos e que, dentro deste, é necessário que se organizem. Afinal, ao término deste período, o educando tem compromisso nas oficinas em que ele mesmo se inscreveu e com as tarefas escolares.
Ainda com relação à autonomia, os educandos são responsáveis pela utilização de equipamentos nas oficinas, tais como máquinas fotográficas e filmadoras, além de camisetas usadas em apresentações, e o grupo de percussão Acorde Pro Ritmo abastece a sua página (fan page) no Facebook com informações sobre a iniciativa. Os do grupo Acorda Corpo, que dançam Maculelê, já estão se apresentando sozinhos, sem a dependência do educador, que fica fora do palco.
As propostas com desafios possíveis de serem atingidos também são uma constante. Não há nenhuma exposição da criança quanto aos objetivos alcançáveis. O time de futebol de salão não jogará contra um time infinitamente superior, pois isso os desmotivaria, mas, sim, contra um time da mesma qualidade técnica ou próxima à sua. Isto porque entendemos que os desafios devem ser vencidos aos poucos. Da mesma forma, o ritmista do grupo de percussão da Acorde não será colocado para se apresentar na quadra da Mangueira, e sim em algum lugar onde sua apresentação seja valorizada e o incentive a melhorar cada vez mais.
A mediação de conflitos é outra experiência bastante gratificante na Acorde. A prática vem acontecendo desde 2007, e os frutos são visíveis. Antes de começarmos a utilizá-la, a única maneira que os adolescentes conheciam de lidar com situações adversas era por xingamentos, ofensas e agressões pessoais ou, as mais ofensivas, ligadas à família. Hoje eles já conseguiram adquirir uma noção de que o melhor caminho para resolver uma desavença é sempre o da conversa. A intolerância, eles já entendem que não leva a lugar algum. O próximo passo será formar mediadores entre os próprios educandos. A intenção é que estes apliquem a técnica, demostrando aos outros cada vez mais a independência do grupo como um todo.
Desde a criação da Acorde, o afeto ou acolhimento revela-se um aspecto regularmente presente, tanto nos educadores e funcionários como nas crianças e adolescentes. São encarados como perfeitamente adequados e positivos os abraços e os cumprimentos. Além disso, os educandos têm apreciado receber visitas na organização e interagir com elas, trocando ideias e estreitando laços. Se uma criança se ausenta por problemas físicos, há sempre uma preocupação coletiva com o socorro imediato, com o acompanhamento constante. Os educadores entram em contato com a família, e, em alguns casos, o grupo do qual esta criança faz parte a visita em casa para ver se está se recuperando bem.
Ao longo do caminho, nossas dificuldades são grandes. No tocante aos educandos, as principais são as evasões, que se dão pelos mais variados motivos e provocam quebras nos grupos de atendimento. Os principais motivos de evasão são castigo (por notas baixas ou mal comportamento) e mudança de bairro. Além disso,  a falta de condições financeiras para locomoção quando vindos de bairros mais distantes.
Em relação à comunidade, o desafio maior está em vencer a resistência de alguns pais quando a criança conta para eles sobre algum episódio que os desagrada. Nestes casos, ainda há uma tendência dos pais em acreditar na criança e não buscar pela versão da organização. Quando a Acorde sente a falta da criança e procura os responsáveis para entender o motivo da desistência, esclarece o assunto e, na maioria dos casos, conquista novamente a família.
Do ponto de vista institucional, o desafio maior é a luta da organização pela sustentabilidade financeira ‒ uma vez que a Acorde não cobra mensalidade e vive de doações, bem como os desafios de atrair e manter talentos entre educadores e equipe administrativa, tendo em vista a distância do centro de São Paulo e o custo do transporte.
Oportunidades como a do colóquio no Mackenzie nos auxiliam a refletir sobre nossas práticas e a amadurecer nossas visões de mundo, para podermos atuar ainda mais e melhor. Os desafios do atendimento direto continuam, e as principais contribuições do evento para a Acorde, nesse sentido, foram a contextualização das práticas da organização em relação às fundamentações teóricas da pedagogia, o conhecimento e o aprofundamento dos teóricos e estudiosos da educação, além dos vínculos e das relações firmadas com o mundo acadêmico e seus integrantes.

Por Douglas Campos, coordenador pedagógico da Associação Acorde

Douglas Campos é Pós-Graduado em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais pela UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá e Graduado em História pela UNICSUL -Universidade Cruzeiro do Sul.  Está na Associação Acorde desde 2007 e atualmente é o Coordenador Pedagógico e Cultural da organização. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Editorial Junho | 2013

Neste editorial destacamos a importância do envolvimento das famílias no trabalho da Acorde.

O relacionamento da Acorde com a comunidade nasce de um ponto em comum: as crianças e jovens que atendemos no contraturno escolar. Com idade entre 6 e 17 anos, muitos passam este ciclo da infância e da adolescência por aqui. Para cumprir nossa missão, entendemos que não bastam as oficinas de arte e esporte, é preciso que tenhamos um olhar para cada pequeno indivíduo e, muitas vezes, para comportamentos que refletem situações que podem ou não ter nascido dentro da organização.

Para tanto é importante que nossa relação seja baseada no diálogo, é através dele que conseguimos fortalecer o elo de respeito e confiança que nos permite apoiar o desenvolvimento de cada criança e jovem. Estas conversas muitas vezes incluem pais, avós, tios e outros responsáveis.

A vendedora Camila Gaia Marcelino, mãe de um jovem de 15 anos que está na Acorde desde que abrimos as portas, garante que estas conversas ajudaram em seu crescimento. “No início eu sempre era chamada pela Acorde para conversar, aí começamos um trabalho conjunto e meu filho foi se transformando, ele melhorou muito seu desenvolvimento escolar. Eu sou muito grata ao trabalho da Acorde, pois mudou minha vida!”.

Esta posição de referência na mediação das relações entre famílias e seus pequenos foi construída ao longo dos anos de atendimento. No começo, a Acorde era vista com um espaço onde as crianças vinham só para brincar. Famílias e escola reclamavam do espaço, que era visto como um lugar sem regras. Ainda que brincar seja importante, seis anos depois percebemos que a imagem que a comunidade têm da organização é outra. Alguns chamam de “tudo de bom”, outros descrevem como um lugar onde as crianças aprendem coisas, se comportam.

A Agente de Saúde Comunitária Patrícia dos Santos é mãe três, todos educandos da organização.  Ela conta que teve a vida transformada com início das atividades da Acorde no Jardim Tomé.  “Quando a Acorde começou a atender eu ainda era dependente química e ela chegou quando eu mais precisava. Meus filhos viviam na rua atrás de mim ou sozinhos em casa. Estar na organização começou a preencher o vazio que eles tinham e com isso eu consegui sair da dependência e com ajuda de familiares também.” Patrícia também destaca a evolução que seus filhos tiveram ao passar pela Associação, e nos conta que “hoje a vida deles é muito melhor. O mais velho, de 16 anos, era muito tímido e tinha muitas dificuldades e ele se desenvolveu muito! O mais novo, de 8 anos, era muito agressivo eu vivia recebendo bilhete da escola e agora depois de uma ano indo para a Recreação eu não recebo mais reclamações. Se não fosse a Acorde talvez eles teriam um futuro muito triste como o meu, já que não tive esta oportunidade”.

Esta estrada é de duas mãos. O apoio das famílias é essencial no trabalho que nos propomos a desenvolver e, portanto, relatos como os acima nos alimentam e renovam. Cada criança que entra é, para nós, uma oportunidade. Cada família tocada pelo nosso trabalho, que nos apoia, é um pedaço do caminho conquistado.

Esperamos que aproveite este boletim. Até o próximo!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Intercâmbio entre instituições abrem novos caminhos

Nesta quarta-feira, 22, a Acorde recebeu 13 funcionários da Fundação Filhos de Buda, uma instituição filantrópica de Cotia, dentre educadores, equipe de limpeza e coordenadores.
Com o objetivo de promover intercâmbio e ampliar o relacionamento entre organizações locais, fortalecendo nosso trabalho, o Coordenador Pedagógico Douglas Campos acolheu e guiou o grupo pela Acorde. 
A visita durou a tarde toda, onde puderam observar as oficinas, conversar com educandos e educadores, prestigiar uma apresentação do grupo de Maculelê do Programa Acorda Corpo.
Para o Coordenador Geral da Fundação, Valentin Conde, que já havia estado na Acorde, esta visita agregou e trouxe novas possibilidades para ambas instituições. “Foi um grande aprendizado, é bom perceber como a organização que tem como base a consciência do ser humano só agrega para a vida desses jovens. É bom ver o resultado que a Acorde está colhendo com este trabalho. Foi muito inspirador!”, afirma.
 “Nós abrimos nossos portões para que: conhecessem as práticas pedagógicas e o espaço, vissem as atividades acontecendo, e observassem a relação do educador com o educando.”, relata satisfeito.

O intercâmbio continuará na festa junina da Fundação, onde os educandos da Acorde vão se apresentar. Além disso, uma visita na Fundação Filhos de Buda já está sendo agendada!



segunda-feira, 8 de abril de 2013

Editorial Abril | 2013


A ideia desta carta é contar para você sobre o que planejamos para 2013, interligando as novidades com a nossa história.

Para cumprir nossa missão de promover o desenvolvimento humano e crianças e jovens, fortalecendo-os para as escolhas do futuro idealizamos, lá em 2003, um plano pedagógico com uma grade versátil e com várias opções de oficinas de arte e esporte, dentre as quais pudessem escolher. Resumindo bastante esta parte da nossa história, ao tentarmos implementar este plano pedagógico, descobrimos que  as crianças e jovens não faziam suas escolhas por vocação e sim por amizade. Entendemos que elas então precisavam ser preparadas para exercer sua escolha e montamos uma grade semanal com atividades diversas, pelas quais todos passavam em algum momento. Ao longo destes primeiro cinco anos fizemos diversos ajustes na forma de implementar nossos ideais até que, neste ano de 2013, conseguimos chegar à tão sonhada grade optativa.

Dando nome aos bois temos hoje, então, dois programas de atendimento: o Programa Recreação, para 90 crianças entre 6 e 8 anos, no contraturno escolar. Com ele, nosso objetivo é desenvolver nos pequenos a motricidade, o relacionamento em grupo e a construção de regras a serem seguidas por todos. Neste grande período de experimentação, os educandos do Projeto Recreação também vivenciam as oficinas oferecidas aos mais velhos para que, aos 9 anos, tenham ferramentas para escolherem as atividades das quais querem participar, com base nas suas vontades e vocações.

Entre 9 e 17 anos as crianças e jovens participam do Programa Cativarte, que acontece no período da tarde e tem como objetivo complementar o ensino formal por meio de oficinas de arte e esporte, com ênfase na descoberta vocacional. É durante os anos em que frequenta o Cativarte que o jovem opta entre as oficinas de música, dança, teatro, futsal, capoeira, violão etc. Independentemente da oficina escolhida, trabalhamos nossos princípios e valores, mediamos os conflitos e os apoiamos nos desafios que o crescimento lhes apresenta.

Seguindo o curso natural do que a Acorde vivenciou nos últimos anos, em 2013 reconhecemos que somos um espaço cultural comunitário e de convivência, além de uma organização de atendimento. Assim, as oficinas abertas e eventos culturais que já eram parte de nossa trajetória, agora são objeto de um esforço planejado e quem tem como objetivo o resgate da convivência comunitária. Com isso, buscamos atender não apenas as crianças e jovens, mas suas famílias.

Temos muito mais para contar! Esteja sempre à vontade para nos ligar e conversar, ou para vir tomar um café conosco.

Marta Junqueira | Coordenadora de Projetos
mjunqueira@acorde.org.br
4704-2920 


Acorde renova parceria com o Colégio Dante Alighieri



A parceria entre a Acorde e o Colégio Dante Alighieri está ainda mais forte! Pelo terceiro ano consecutivo, as duas organizações atuam juntas e a programação está cheia de novidades.
 

Dois grupos de educandos da Associação estão semanalmente na escola para atividades de formação e troca de experiências. O grupo do Projeto Acorde Dante em Foco aprenderá, neste ano, a fazer reportagens, fotos jornalísticas, vídeos e cobertura de eventos. Este aprendizado servirá não só para desenvolverem novas habilidades, como também para se lançarem ao desafio colocado para ano de 2013, que é de desenvolver um documentário sobre a Acorde!

O Projeto AcorDante, por sua vez, é formado por coordenadores dos primeiros e segundos anos do ensino médio e alunos voluntários. A programação é recheada de oficinas que visam auxiliar na defasagem escolar, através de atividades lúdicas. Este ano, tantos alunos e ex-alunos do Dante quiseram participar do AcorDante que fez-se necessário um revezamento dos voluntários!

O aluno e voluntário Rodrigo Mota Salen, 15 anos, está muito feliz com o grupo e diz que, se pudesse, participaria todas as quintas-feiras. “É muito bom, uma bela forma de conhecimento. Eu aprendo muito com eles.” Daniela Whitaker, 16, aluna do segundo ano, está adorando a integração da turma. “Gosto muito de interagir com as pessoas, achei uma ótima maneira de fazer amigos, estou gostando muito.”

A experiência é igualmente importante para os educandos da Acorde. Micael Brito da Silva, 10, está adorando participar do Projeto AcorDante. “Eu acho bastante interessante, aprendo muita coisa, adoro mexer no tablet, aprendi até a desenhar. É uma oportunidade de conhecer novos lugares, olhar o caminho na ida de ônibus é super legal!”.

Os projetos AcorDante e Acorde Dante em Foco são uma oportunidade valiosa de intercambio cultural e social para ambos os públicos. “Acolher esses meninos é conhecer uma nova realidade. Essa troca entre os jovens é muito enriquecedora para todos eles”, relata Cidinha Tebecherani, orientadora educacional do colégio. “Eu me emociono a toda hora com a dedicação de todos no colégio às atividades oferecidas para a Associação. A experiência que os jovens ganham transcende a sala de aula. São vivências que vão se somando na construção de um indivíduo mais preparado para o futuro”, afirma Marta Junqueira, coordenadora de projetos da Acorde.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Processo de seleção para novos integrantes do Acorde pro Ritmo



No dia 19 de março aconteceu, na Acorde, o processo seletivo para novos ritmistas do Acorde para o Ritmo, quando foram selecionados 4 jovens e 2 pais. Esta foi a primeira vez em que os próprios jovens do grupo receberam a missão de coordenarem a seleção. 

Os quesitos utilizados foram: comprometimento, habilidades com os instrumentos, disponibilidade e afinco com as atividades do grupo.
Matheus Oliveira, 14 anos, foi um dos jurados. “Achei uma grande responsabilidade para mim e para os outros jurados, porém foi muito divertido.”
O Coordenador Pedagógico e Idealizador do Acorde pro Ritmo Douglas Campos acredita que foi um momento muito valoroso.  “O Processo foi muito rico e o melhor é que eles não escolheram pelas amizades ou preferências pessoais. Não bastava o candidato apresentar destreza com o instrumento. Foi necessário demonstrar no mínimo responsabilidade para com o grupo.”
Segundo Paulo Misael, 14 anos, educando e ritmista, este acontecimento marca uma nova fase para grupo. “Foi bem legal avaliar. Levei em consideração aqueles que acredito, que vão levar a  percussão a sério. Gostei muito de termos adultos no grupo, eu sei que eles ainda não sabem tocar, mas têm mais experiência de vida e são mais responsáveis.”
Para os que estão chegando foi um momento de frio na barriga e alegria. Cauê Del Nero Ferreira, 15, está super empolgado em ser um novo integrante da percussão.
Mesmo não sendo educando da Acorde, acredita que a participação na oficina seja uma possibilidade de fazer novos amigos. “Vivi uma nova experiência, pretendo continuar e aprender a tocar todos os instrumentos, eu já toco atabaque, ganzá e agogô, não vejo à hora da minha primeira apresentação.”

A Acorde deseja sucesso para a nova fase do Acorde pro Ritmo e que vocês continuem a agitar e animar nossa casa! 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Que tal usar o seu imposto de renda para fazer girar o catavento da Acorde?


Neste ano de 2013 o Fundo Municipal do Direito da Criança e do Adolescente (FUMCAD) de Embu das Artes passou a aceitar doações direcionadas para projetos pré-selecionados. A Acorde participou do processo seletivo com dois projetos, ambos aprovados: O Projeto Recreação e o Projeto Tomé na Tela. Conheça um pouco mais sobre eles. 

O Projeto Recreação é nosso atendimento diário para 90 crianças, entre 6 e 8 anos. Feito sempre no contraturno, tem como objetivo a complementação do ensino formal por meio de cantigas, vivências e brincadeiras. O objetivo é desenvolver nos pequenos a motricidade, o relacionamento em grupo e a construção de regras a serem seguidas por todos. Como em um grande momento de experimentação, os educandos do Projeto Recreação vivenciam, ao longo do ano, as oficinas oferecidas aos mais velhos (Projeto Cartivarte, de 9 a 17 anos) para que, aos 9 anos, tenham ferramentas para escolherem as atividades das quais querem participar, com base nas suas vontades e vocações. 

O Projeto Tomé na Tela ainda está em fase de captação de recursos para implementação. Ele atenderá 30 jovens, entre 14 e 18 anos, na criação de roteiro, filmagem e edição de audiovisuais. O projeto tem por objetivo (a) promover o diagnóstico do Jardim Tomé, bairro onde vivem; (b) facilitar a produção de audiovisuais tendo como base a pergunta “qual é a cara do meu bairro?”; (c) facilitar a execução, pelos jovens, de ações de valorização dos potenciais que eles encontraram na comunidade no enfrentamento das dificuldades identificadas no bairro; e (d) promover uma apresentação e debate, com a comunidade, dos audiovisuais produzidos. 

Para doar até 3% do seu imposto de renda devido para a Acorde (ou até 1%, pessoa jurídica), é preciso optar pela Declaração Completa. Siga o link para o programa. Quando o programa calcular seu imposto, o depósito do valor deverá ser feito na conta do FUMCAD de Embu das Artes, inscrito no CNPJ/MF sob o n. 46.523.114/0001-17, no Banco do Brasil (001), agência 14.999-3, conta corrente 2038-9. Além disso, você deverá obrigatoriamente mandar um e-mail para comunicacao@acorde.org.br com o comprovante de depósito e indicando com qual dos projetos da Associação Acorde quer colaborar. Por favor informe, também, seu CPF ou CNPJ. 
 Atenção! Sem este e-mail a doação não será identificada pelo FUMCAD como tendo sido direcionada para a Acorde, por favor não esqueça!
Mais Informações:
(11) 4704-2920



quarta-feira, 20 de março de 2013

Neste sábado (23) acontece o Primeiro Encontro Acordes Sonoros


Neste sábado, 23, a Acorde abre seus portões para acolher o Primeiro Encontro Acorde Sonoros, um evento aberto para comunidade. O tema é “Compositores Populares”. Será um dia para ótimas prosas e música de qualidade.



A ideia surgiu em uma das várias conversas entre o coordenador pedagógico, Douglas Campos, a coordenadora de comunidade, Salete Oliveira, e o colaborar e ex-educador da associação, Wagner Dias. “O sonho de transformar a Acorde em um espaço comunitário começa com atividades abertas ao público e que tragam alegria para a comunidade”, diz Douglas Campos. Proporcionar atividades culturais e divertidas em um espaço de lazer e descontração é umas das metas para 2013 na Acorde.
Nesta primeira edição os convidados são: Paulo Nunes, poeta, com trabalho bastante ligado à música popular e parcerias com Matuto Moderno, Uchia e Katya Teixeira, que é uma pesquisadora da cultura popular, possui trabalho de recolhimento sobre o folclore de várias regiões brasileiras e lançou os discos Katxerê e Lira do Povo.
Já o Trio José prepara seu primeiro cd com todas as músicas ligadas à poesia de Juca da Angélica, poeta popular de Patos de Minas. Conceição Rodrigues é cantora ligada ao samba e ao cancioneiro popular brasileiro e deve lançar seu primeiro cd, Cor e detalhe, em junho, com todas as músicas compostas por Wagner Dias. 
Tida Dita, guardiã cultural, moradora de Embu das Artes, está ligada a cultura de Jongo, e seu último cd, lançado em 2012, chama-se no Raiar da Aurora.
Os Dois Benditos, músicos integrantes do grupo Babado de Chita, Pedro Ribeiro e Clovis Araújo, são artistas populares referência em coco, maracatu e baião e fazem música para dançar.
         Outro importante acontecimento do encontro é que sábado acontece a Hora do Planeta, pela qual, em várias cidades do mundo, as pessoas apagam suas luzes e aparelhos eletrônicos, por uma hora, para lembrar que cada um de nós deve colaborar na economia dos recursos naturais. Por isso, a partir das 20h o encontro segue acontecendo sob a luz de velas e lampiões.
 A partir das 16h todos estão convidados a se achegar. Nos primeiros momentos o microfone ficará aberto para que quiser mostrar a sua arte. Não perca o primeiro Acordes Sonoros, um momento de descontração, cultura e partilha! 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Atividades de formação marcam retomada de trabalhos na Acorde


Integração da equipe da organização foi realizada no início de fevereiro, em parceria com a Aprendix.


A equipe da Acorde retomou os projetos da organização com uma série de atividades. Voltada à integração e à inspiração da equipe, a iniciativa contou com apoio da Aprendix parceira da associação desde 2010. 
Foi uma ótima oportunidade para estimular uma reflexão sobre o papel de cada membro da equipe na promoção de oficinas para crianças e jovens da comunidade. Um dos diferenciais da Acorde é justamente o investimento na formação da sua equipe, afinal, neste time todos são educadores.
“A formação trabalhou em nós educadores valores para além da Acorde, para nossa vida em sociedade. Vou carregar esse aprendizado comigo”, definiu o educador do Projeto Papelada, Ronald Mariano, que acredita que formações como essa fortalecem o grupo.
A cozinheira Janete Martins, que atua na Acorde desde 2007, avaliou as atividades como produtivas. Para ela, trata-se de um grande e válido aprendizado, capaz de integrar membros veteranos e recém-chegados na equipe. “Espero que sejam feitas mais atividades como essa e que sejamos muito unidos”, afirmou.
Sócia fundadora da Aprendix, Carolina Ribeiro de Almeida sustentou que contribuir para a formação de profissionais da Acorde foi um privilégio. Ela ressaltou que neste processo todos ganham. “Estar com pessoas que fazem a diferença e que têm um real envolvimento com a comunidade local e, principalmente, no desenvolvimento de crianças e jovens, é engrandecedor”, disse.
A parceria com a Aprendix continua ao longo de 2013. Afinada, a  equipe Acorde está ansiosa para multiplicar as novas descobertas com a chegada das crianças.