Qual a importância da Acorde, afinal?
Janeiro é mês de formação na Acorde e, portanto, de refletir
sobre o que fazemos, por que fazemos e aonde queremos chegar. Ao nos dedicarmos
a tal tarefa temos sempre que pensar em nosso foco – a criança e o jovem –, e em
nossa missão: fortalecê-los para o futuro. Mas que futuro é esse? O que
precisamos fortalecer neles?
Vivemos tempos desafiadores, de grandes mudanças na forma
como estamos no mundo e em como nos relacionamos, provocados pela revolução da
comunicação e pela consequente rapidez na disseminação de conhecimento e
informação. “Estamos
apenas no início da evolução da comunicação digital. Estamos na pré-história de
uma nova era (...)”, afirma o filósofo francês Pierre Lévy, doutor em História da
Ciência pela Universidade de Sorbonne, em Paris.
Isso gera um sério problema para a sociedade em relação a
como preparar as crianças de hoje para o futuro, porque não há como prever como
será o mundo daqui a trinta anos.
No entanto, algumas reflexões podem ser feitas. Se olharmos
para o sistema educacional atual, por exemplo, veremos que foi construído sob a
égide da matemática e das ciências, seguindo a tendência e os valores da Revolução
Industrial, como quase todos os sistemas educacionais do mundo ocidental. Assim,
as crianças continuam a ser educadas
para desenvolver características que eram importantes no século XIX.
Mas,
e agora, essas mesmas características ainda são fundamentais? Que ferramentas os
adultos de 2040 precisam ter para enfrentar os desafios da contemporaneidade? O
que precisa ser incentivado, nutrido e acolhido nas crianças? Segundo
especialistas, como o inglês Sir Ken Robinson, consultor internacional em educação, a criatividade
é uma delas. Soluções criativas serão necessárias para o desenvolvimento da
humanidade e endereçamento dos problemas que hoje a desafiam, como água limpa e
energia.
No
entanto, a criatividade não é uma qualidade desenvolvida pela matemática e pelas
ciências, como são o pensamento lógico e a capacidade analítica, mas sim atribuída à
música, à dança, ao teatro, enfim, às artes em geral.
Nota: sobre o assunto, vale a pena ver esta
palestra: Sir Ken Robinson TED Talk
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